O empresário brasileiro Nelson Tanure resolveu implementar uma série de iniciativas que visam intimidar jornalistas e dirigentes sindicais que, segundo ele, atingiram a sua honra com matérias e textos divulgados na imprensa.
Um dos profissionais visados por Tanure é Fred Ghedini, vice-presidente da Federação Nacional de Jornalistas do Brasil (FENAJ) e presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, que chamou predador do mercado de trabalho dos jornalistas ao dono do Jornal do Brasil e da Gazeta Mercantil, algo que, segundo a FENAJ, é um facto comprovado pelo Ministério Público do Trabalho.
O empresário também está a processar judicialmente Murilo Fiúza de Melo, autor da reportagem Capitalismo a la Tanure, e Aziz Filho, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, que cometeu o crime de se solidarizar com o colega.
Além destes casos, Nelson Tanure tem vindo a usar os seus jornais para atingir a honra de Lourival Sant’Anna e Alberto Komatsu, repórteres de O Estado de S. Paulo, e já os ameaçou com processos na justiça por notícias sobre as suas actividades.
Apesar de reconhecer o direito de qualquer cidadão a tomar providências judiciais quando sente a sua honra lesada, a FENAJ não pode concordar com o uso da Justiça para coagir jornalistas e tentar imobilizar a acção sindical ou da imprensa para constranger o trabalho dos colegas, pelo que lançou um manifesto de desagravo que pode ser consultado e assinado em http://www.fenaj.org.br/materia.php?id=974.