Elevada adesão à greve em Itália

A Federação Nacional da Imprensa Italiana (FNSI) congratulou-se com a participação maciça de jornalistas, superior a 90 por cento, na greve de 9 e 10 de Dezembro, em defesa da contratação colectiva e do respeito pelo papel dos jornalistas, sobretudo os que exercem a profissão em regime freelance.

A FNSI, em comunicado divulgado a 11 de Dezembro, considera que a defesa dos referidos princípios é fundamental para o êxito das negociações com a Federação Italiana de Editores de Jornais (FIEG) e a agência de emprego público Aran, e manifesta a sua esperança em conseguir a conclusão rápida das negociações com a associação de emissoras locais Aeranti-Corallo, com a qual tem um encontro marcado para 14 de Dezembro.

Entretanto, a Junta e o Conselho Nacional da FNSI agendaram uma reunião para 19 e 20 de Dezembro para examinar os resultados das jornadas de luta e certos comportamentos anti-sindicais verificados em algumas empresas durante a greve.

Em traços gerais, o sindicato italiano refere casos de coacção laboral de trabalhadores precários, colaboradores e contratados a termo e a oferta de prémios ilegais em dinheiro ou em géneros para quem furasse a greve, uma situação que, segundo a FNSI, “tem poucos precedentes na história democrática e civil” de Itália e que por isso merece ser “denunciada publicamente”.

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