Editores cumprem pena perpétua nas Maldivas

Os editores de uma «newsletter» electrónica das ilhas Maldivas estão a cumprir uma pena de prisão perpétua após terem sido condenados por “insultos ao Presidente” e por terem praticado “um acto hostil ao Governo” ao criar aquela publicação «on-line».

A organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) apelou ao Presidente das Maldivas, Maomoon Abdul Gayoom, para que liberte de imediato Mohamed Zaki, Ibrahim Luthfee e Ahmed Did, os três homens detidos em Janeiro de 2002, por terem publicado artigos críticos para o Governo na «newsletter» “Sandahaanu”. Um assistente dos editores foi condenado a dez anos de prisão.

De acordo com a Amnistia Internacional, a publicação não fazia qualquer apelo à violência política. A liberdade de expressão está consagrada na Constituição deste país do oceano Índico.

Os editores, um dos quais é de nacionalidade malaia, foram julgados e condenados em Julho de 2002 e estão detidos na ilha de Mafushi em condições muito difíceis. As autoridades colocaram-nos em celas sem ventilação, onde só dispõem de cinco litros de água por dia, para beber e lavarem-se, e só permitem que os familiares os visitem uma vez por mês.

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