Thomas Dandois e Pierre Creisson, dois jornalistas franceses ao serviço do canal televisivo Arte, foram detidos a 17 de Dezembro no Níger e são acusados de ter contactado com grupos armados e ilegais e colocado em risco a segurança do país, uma ofensa que
Os jornalistas foram detidos, juntamente com o seu motorista, na zona de Koré-Maïroua, a 200 quilómetros da capital Niamey, quando regressavam de um encontro com o Movimento Nigeriano para a Justiça (MNJ) no Norte do país, quando apenas tinham autorização oficial para fazer uma reportagem sobre gripe aviária.
O MNJ é uma organização liderada por tuaregues que reclama maior autonomia relativamente ao governo do Níger, e uma maior fatia da riqueza mineral do Norte do país, região que em Agosto foi declarada interdita a jornalistas pelos militares, devido aos confrontos frequentes entre tropas e rebeldes tuaregues.
Estes jornalistas são vítimas de uma acção intolerante e repressiva de um governo que parece não ter qualquer respeito pela liberdade de imprensa, acusa o secretário-geral da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), Aidan White, frisando que os dois profissionais só estavam a fazer o seu trabalho.
A organização apelou ainda à libertação de dois jornalistas locais, o correspondente da Radio France Internationale, Moussa Kaka, e o director da Air-Info, Ibrahim Manzo Diallo, detidos há semanas por suspeitas de ajuda a rebeldes.