Discriminação das mulheres em lugares de chefia deve acabar

Os sindicatos e as organizações de média devem encontrar formas de acabar com a discriminação que impede as mulheres de alcançar lugares de chefia tanto dentro do jornalismo como noutras áreas profissionais, afirmam a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e a Federação Europeia de Jornalistas (FEJ hoje, 8 de Março, Dia Internacional da Mulher.

“Apesar da feminilização da profissão, os órgãos de comunicação e os sindicatos de jornalistas continuam a ser dominados por homens”, afirma Pamela Morinière, responsável pela campanha da FIJ pelo direito à igualdade entre géneros, considerando que “não se pode esperar que os média dêem uma imagem equilibrada da população mundial quando metade desta está sujeita a discriminação deliberada, estereotipização ou negligenciamento institucional”.

A FIJ salienta ainda a pertinência dos resultados do Projecto Global de Monitorização dos Média de 2005, promovido pela Associação Mundial de Comunicação Cristã em mais de 70 países, que indicaram que as mulheres apenas representam 21% das notícias, que os pontos de vista femininos raramente são ouvidos nos temas que dominam a agenda noticiosa, e que as especialistas raramente têm lugar nas notícias.

Para tentar mudar esta situação, a FIJ apela a um papel mais interventivo dos sindicatos na colocação do tema dos géneros na agenda dos média, tratando-o não como um tópico feminino mas como parte de discussões mais abrangentes sobre a qualidade do jornalismo, que envolvem tanto mulheres como homens, pois existem vários problemas comuns a ambos e que poderão ter melhores soluções com uma actuação conjunta.

RSF apela a libertação de jornalistas sequestradas ou presas

Entretanto, a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) apelou à libertação das jornalistas Jill Carroll e Rim Zeid, sequestradas no Iraque, e de outras seis profissionais da comunicação que estão presas em Cuba, na Etiópia, no Irão, nas Maldivas, no Nepal e no Ruanda.

As jornalistas presas são a cubana Lamasiel Gutiérrez Romero, a etíope Frezer Negash, a iraniana Elham Afrotan, a maldiviana Jennifer Latheef, a nepalesa Bhawana Prasain e a ruandesa Tatiana Mukakibibi.

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