Direito à vida justifica protecção de fontes

Um tribunal de Belfast, Irlanda do Norte, deliberou que a jornalista Suzanne Breen não é obrigada a revelar as fontes de um artigo que publicou no “Sunday Tribune” acerca do assassinato de dois soldados britânicos pelo grupo armado Real IRA.

O tribunal considerou que o requerimento de revelação das fontes feito pela polícia norte-irlandesa a Suzanne Breen contrariava o direito da repórter à vida, consagrado na Convenção Europeia dos Direitos do Homem, uma vez que a colocava em sério risco de sofrer represálias do grupo paramilitar.

A decisão foi saudada pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e pelo Sindicato Nacional dos Jornalistas do Reino Unido e Irlanda (NUJ), que a consideraram “uma vitória histórica para a luta dos jornalistas pela protecção das fontes”, num caso em que a polícia “tentou tornar os média em informadores involuntários à custa do jornalismo independente e seguro”.

Partilhe