O Sindicato dos Jornalistas repudiou a destituição de duas editoras da agência Lusa, Elsa Oliveira e Matilde Ramalho, por se recusarem a colaborar no processo de avaliação e apela publicamente à Direcção de Informação da agência para que suspenda esta medida punitiva.
A destitiuição das editoras de Política e de Informação Local ocorreu a 22 de Novembro e contrasta com a evolução no sentido do diálgo verificada entre a Direcção de Informação e os editores. Em comunicado, o SJ manifesta a sua solidariedade para com as jornalistas, que agiram com dignidade e coerência.
É o seguinte o texto integral do comunicado do Sindicato dos Jornalistas:
DEMISSÕES NA AGÊNCIA LUSA
A Direcção do Sindicato dos Jornalistas tomou conhecimento de que a Direcção de Informação da Agência Lusa demitiu hoje de funções as editoras de Política e de Informação Local, respectivamente, Elsa Oliveira e Matilde Ramalho.
Embora não tenham sido explicadas, na nota da Direcção de Informação que informa a Redacção da Lusa sobre a medida, as razões da destituição de funções prendem-se com a posição adoptada por aquelas jornalistas de continuarem a recusar-se a colaborar na avaliação de desempenho.
Esta atitude contrasta com a evolução positiva no diálogo entre a Direcção de Informação e os editores da Lusa e merece o mais vivo repúdio da Direcção do SJ.
O Sindicato apela publicamente à Direcção de Informação que suspenda imediatamente a medida punitiva agora adoptada e que contribua para a reposição da tranquilidade nas relações de trabalho.
A Direcção do SJ manifesta publicamente a sua solidariedade para com as jornalistas que assumiram, com dignidade e coerência, a opinião de que, nos termos e na oportunidade em que o processo de avaliação em curso foi desencadeado, este não deveria prosseguir, conforme consta das moções aprovadas nos dois últimos plenários de jornalistas da agência.