Dia nacional de protesto nos media alemães

Os jornalistas e os gráficos alemães cumpriram esta quinta-feira, 9, um dia de greve, com manifestação em Frankfurt, em defesa dos direitos laborais.

A jornada de luta contou com o apoio da Federação Europeia dos Jornalistas (FEJ) e da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ).

O dia nacional de protesto, organizado pelos sindicatos DJV e DJU no ver.di, associados da FEJ, ocorre após semanas de iniciativas para conter as exigências inaceitáveis do patronato. A última exigência dos empregadores é a redução drástica de salários e de férias acompanhada pelo aumento da jornada de trabalho, o que representaria uma perda de 30% do salário para os novos contratados e para os que mudassem de emprego. Já em Maio, milhares de trabalhadores da comunicação social estiveram em greve contra estas medidas que afectam 14 000 profissionais de jornais, 8000 de revistas e 160 000 gráficos.

“Os planos dos editores visam cortes cegos nos custos, mas também a desregulação e o ataque aos valores do jornalismo na Alemanha”, dizem os sindicatos de jornalistas alemães. “As suas pressões económicas não se justificam pois a maioria dos trabalhadores do sector dos media já perderam poder de compra nos últimos 10 anos por causa da inflação e muitos jovens jornalistas vivem em condições de trabalho precário. É por isso que os sindicatos se batem por aumentos salariais e a limitação do trabalho temporário no sector”.

Para o presidente da FEJ, Arne König, a “situação económica no sector dos media na Alemanha não pode justificar nenhuma das exigências feitas pelas organizações patronais, pois representam um retrocesso nas condições de trabalho e podem pôr em causa o jornalismo como um bem público”.

A Associação Alemã de Editores de Jornais (BDZV) propôs entretanto a reabertura de negociações com os sindicatos, estando a reunião marcada para 15 de Junho em Düsseldorf.

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