A detenção prolongada de seis jornalistas na Birmânia e o desaparecimento de um fotógrafo da EPA desde início de Outubro levaram a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) a exigir que a junta militar que governa o país cesse com os ataques contra os média e liberte “imediata e incondicionalmente” todos os jornalistas e manifestantes detidos.

Os jornalistas detidos são Monywa Aung-Shin (“Shar-maw-khung”), Thaung Sein (freelancer), Ko Moe Htun (“Dhamah-Yate”), Ne Min e Win Tin (“Hanthawathi”) e o fotógrafo Win Saing. Em parte incerta está Ko Thu Ya Soe, fotógrafo da EPA, que foi visto pela última vez no início de Outubro a tirar fotografias perto do pagode Sule, em Rangum.

Entretanto, as autoridades birmanesas libertaram Win Ko Ko Latt, do “Weekly Eleven Journal”, e Nay Linn Aung, do “7-Days Journal”, detidos desde 27 de Setembro e 28 de Agosto, respectivamente, e deu ao Enviado Especial das Nações Unidas Paulo Sérgio Pinheiro autorização para visitar o país antes de meados de Novembro, para aferir a situação dos direitos humanos no território.