Defesa activa em “O Comércio do Porto” e de “A Capital”

O SJ aconselha os jornalistas “O Comércio do Porto” e de “A Capital” a continuarem a comparecer nos seus postos de trabalho nos horários habituais, não só porque se mantêm as relações contratuais, mas também porque essa presença exprime uma atitude de defesa activa dos jornais.

Em nota divulgada aos jornalistas dos dois títulos, a 29 de Julho, o SJ alerta ainda os trabalhadores para a necessidade de não tomarem decisões precipitadas ou assinarem qualquer compromisso na “conversação individual” que a Empresa anunciou ir iniciar a partir de dia 1 de Agosto.

Considerando que há razões para “continuar a lutar”, o SJ apela à participação de todos nos plenários a realizar em simultâneo, nesse dia, nas redacções de Lisboa e do Porto.

É o seguinte o texto, da íntegra, da informação do SJ:

Aos jornalistas de “O Comércio do Porto” e de “A Capital”

Camaradas,

1. Tendo analisado o teor da comunicação das gerências das empresas “New D”, editora de “O Comércio do Porto”, e Impreopa, editora de “A Capital”, o Sindicato dos Jornalistas aconselha todos os jornalistas a continuarem a comparecer nos seus postos de trabalho nos horários habituais.

Esta recomendação tem em conta que:

a) Da comunicação referida não resulta qualquer suspensão das obrigações contratuais dos trabalhadores destas empresas;

b) A presença dos jornalistas nos seus postos de trabalho exprime uma atitude de defesa activa dos jornais que tão injustamente se encontram ameaçados.

2. Face ao anúncio de início de “conversação individual” com cada trabalhador, a partir das 10 horas de segunda-feira, dia 1, a Direcção do SJ:

a) Apela para todos escutem com atenção as propostas que eventualmente lhes sejam feitas, procurando obtê-las por escrito, mas, sobretudo, não aceite tomar decisões imediatas ou assinar qualquer compromisso;

b) Participar em plenários de análise da situação e de perspectivas a realizar nesse dia, pelas 16 horas.

3. Face à natureza da decisão da Prensa Ibérica e aos termos das comunicações das gerências já referidas, o Sindicato dos Jornalistas regista que nos encontramos perante uma suspensão de dois títulos, mas considera que há razões para continuar a lutar:

– Com o objectivo persuadir a Prensa Ibérica a recuar na sua decisão, evitando as suas dramáticas consequências;

– Com o objectivo de fazer regressar imediatamente os dois jornais às bancas, evitando o afastamento nefasto do público;

– Assegurar a efectiva manutenção dos títulos em causa, ambos de boa qualidade e servidos por excelentes redacções;

– Encontrar soluções alternativas e duradouras para o futuro dos dois jornais e dos seus jornalistas.

Solidários e unidos, havemos de fazer valer a vossa razão!

Lisboa, 29 de Julho de 2005

A Direcção

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