CURRÍCULO DE CARLOS VEIGA PEREIRA

CARLOS VEIGA PEREIRA iniciou a sua actividade como jornalista profissional em 1 de Maio de 1955, na delegação de Lisboa de «O Primeiro de Janeiro». Nos anos seguintes, trabalhou no «Diário Ilustrado», «República», «Diário de Lisboa« e «Jornal de Letras e Artes» e fez parte da Redacção da revista «Seara Nova».

Ainda antes de ingressar no jornalismo profissional, foi editor da «Via Latina», órgão da Associação Académica de Coimbra, e dirigiu a revista “«Meridiano», órgão da Casa de Estudantes do Império de Coimbra, a primeira publicação editada em Portugal pelos estudantes das colónias.

Em 1962, foi preso pela segunda vez pela PIDE, por haver participado na tentativa revolucionária de Beja. Logo depois, como membro da clandestina Junta de Acção Patriótica de Lisboa, participou na organização das manifestações de rua contra o regime que ocorreram na capital em Maio. Estando na iminência de ser novamente preso pela PIDE, por ter sido denunciado, saíu em Outubro de 1962 para Londres, donde passou a Paris.

Durante os dez anos em que esteve exilado em França, concluiu o curso do Institut Français de Presse, trabalhou no Centre de Formation des Journalistes e no Office de Radiodifusion Télévision Française (serviço de estudos das emissões em onda curta, emissões para Portugal e emissões para os trabalhadores portugueses em França) e colaborou em publicações francesas e portuguesas, como o quotidiano “«Le Monde», o semanário «Temoignage Chrétien» e a revista «Seara Nova».

Tendo regressado a Portugal em 1972, ingressou no ano seguinte na redacção do «Diário de Lisboa». Após o 25 de Abril, foi eleito chefe de redacção, cargo que viria a abandonar em Maio de 1975. Após uma rápida passagem pelo «Jornal Novo»”, foi nomeado director de informação da RTP, cargo de que seria forçado a demitir-se em Outubro de 1976, por recusar as tentativas de manipulação da informação pelo Governo do PS. Em 1978, foi assessor do Secretário de Estado da Comunicação Social João Gomes. No mesmo ano, ingressou na agência Anop, de que viria a ser director de informação em 1984, tendo transitado para a agência Lusa quando a Anop e a NP se fundiram. Em 1992, reformou-se, mas mantendo o estatuto de free-lancer.

Carlos Veiga Pereira foi um dos seis jornalistas eleitos em Abril de 1975, por sufrágio directo, para representar a classe no Conselho de Imprensa, funções que exerceu, gratuitamente, até 1981, por o seu mandato ter sido renovado por duas vezes pelo Sindicato dos Jornalistas. Entre 1979 e 1989, foi membro do Conselho de Redacção da Anop e da Lusa. Foi o primeiro presidente do Conselho Geral do Sindicato dos Jornalistas, no biénio 1991/92, órgão de que continua a ser membro activo.

Membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social, eleito pelos jornalistas desde 1999.

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