Cuba nega bloqueio de informação

O governo de Cuba rejeita estar a promover um “bloqueio de informação” sobre os jornalistas estrangeiros que estão a chegar ao país para cobrir a transmissão provisória do poder de Fidel Castro, explicando que os profissionais impedidos de entrar em Havana não tinham o visto requerido para esta tarefa.

“Não foram expulsos. Eles foram proibidos de entrar no país porque iam fazer jornalismo, actividade declarada por eles, com vistos de turistas”, explicou a 3 de Agosto à agência ANSA uma fonte do Centro de Imprensa Internacional, do Ministério das Relações Exteriores, órgão responsável em Cuba pelos assuntos realtivos aos jornalistas e média estrangeiros.

“Aqui, como em outros países, o jornalista precisa de um visto que o autoriza a trabalhar, e este documento é pedido nas embaixadas, num trâmite que dura 21 dias. É lógico que uma pessoa que quer respeitar as leis de outro país espera o tempo que for necessário”, acrescentou a fonte citada pela agência.

O alegado “bloqueio de informação não é tão grande”, ironizou a fonte, informando que nas últimas horas chegaram a Cuba, com o visto exigido, cerca de uma dezena de jornalistas de “vários países”, estando a ser analisadas “muitas solicitações” apresentadas desde segunda-feira.

O Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) apelou, no dia 4, às autoridades cubanas para deixarem os jornalistas entrar no país, depois da recusa de admissão a seis jornalistas portadores de vistos de turistas: um chileno, um peruano e quatro norte-americanos.

Carlos Lauri, coordenador do programa Américas do CPJ, considerou ser “essencial que os jornalistas estrangeiros sejam autorizados a entrar em Cuba para ‘cobrir’ a delegação temporária de poder feita por Fidel Castro, u m acontecimento de importância mundial”.

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