Pelo menos 68 jornalistas foram mortos devido ao seu trabalho em 2009, o mais elevado valor anual alguma vez contabilizado pelo Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ). O massacre de mais de 30 profissionais nas Filipinas há poucas semanas foi o principal responsável pelo número recorde.
“Este foi um ano de devastação sem precedentes para os média, mas a violência também confirma tendências de longo prazo”, afirmou o director-executivo do CPJ, Joel Simon, sublinhando que “a maioria das vítimas foram repórteres locais que faziam a cobertura das suas comunidades” e que esses crimes ocorreram devido ao sentimento de impunidade reinante em muitos países no que toca ao assassinato de jornalistas.
Além dos 68 casos confirmados pelo CPJ, a organização está a investigar se outras 20 mortes de profissionais da comunicação se deveram a represálias pelo trabalho desenvolvido.
Desde 1992 que o CPJ compila registos detalhados sobre todas as mortes de jornalistas. O relatório que foi divulgado a 17 de Dezembro é apenas provisório. A lista definitiva será publicada no início de Janeiro.