Os números apresentados são díspares, mas as organizações de defesa da liberdade de imprensa que apresentaram as suas contabilizações anuais de jornalistas assassinados em 2009 são unânimes em considerar o ano que termina como um dos mais mortíferos de sempre.
A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e o Instituto Internacional de Segurança da Imprensa (INSI) avançaram com uma contagem provisória de 137 jornalistas e profissionais dos média mortos durante 2009, dos quais 24 morreram acidentalmente em serviço e 113 foram assassinados.
Anunciando um relatório final para meados de Janeiro, as duas organizações dizem que os países mais perigosos para os jornalistas foram as Filipinas – catapultada para o primeiro lugar devido ao massacre de 31 jornalistas em Novembro –, o México, com 13 mortes, e a Somália, com 9. O top 5 completa-se com o Paquistão (7) e a Rússia (6).
Usando métodos de contagem distintos, a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) contou 76 jornalistas mortos, 33 sequestrados, 573 detidos, 1456 agredidos fisicamente, 570 órgãos de comunicação censurados e 157 jornalistas obrigados a fugir dos seus países.
A organização destacou o massacre de jornalistas nas Filipinas e a onda de detenções e condenações de jornalistas e bloggers após a reeleição de Mahmoud Ahmadinejad no Irão como os dois eventos negros de 2009, um ano em que o número de assassinatos de membros da classe subiu 26% em relação a 2008