Conselho dos Direitos Humanos da ONU suscita críticas

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) criticaram a eleição, a 9 de Maio, de representantes de países que violam a liberdade de expressão para integrar o Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas.

A FIJ saudou o compromisso da ONU em dar um novo impulso a este órgão, na medida em que o Conselho deverá contribuir para ultrapassar os obstáculos que se colocam à criação de uma cultura global de respeito pelos direitos fundamentais, mas alertou que esse objectivo poderá ser posto em causa devido à presença de países como China, Cuba, Rússia, Arábia Saudita ou Tunísia, que não têm tido por hábito respeitar a liberdade de imprensa.

Já a RSF considerou um “escândalo” a eleição da Arábia Saudita, da Argélia, do Azerbaijão, do Bangladesh, da China, de Cuba, da Nigéria, do Paquistão, da Rússia e da Tunísia para o novo Conselho de Direitos Humanos, acrescentando que não há diferenças entre a antiga estrutura – que foi unanimemente condenada por ONGs – e a nova, pois muitos países prevaricadores continuam representados.

Considerando a eleição destes estados como uma vitória dos próprios e uma derrota para a ONU, a RSF espera apenas que países como a Alemanha, o Canadá, a Finlândia, o Japão, o Mali, as Maurícias, o Reino Unido, a República Checa e a Suíça usem a sua influência para impedir que o Conselho perca toda a credibilidade mal tome posse a 19 de Junho.

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