Conselho da Europa reconhece papel dos profissionais de comunicação social

Entidade considera que são fundamentais para a salvaguarda da democracia e divulga estudo centrado nas ameaças à prática da profissão. A 3 de maio assinala-se o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.

De acordo com uma sondagem realizada junto de 940 jornalistas dos 47 países membros do Conselho da Europa e da Bielorrússia, os profissionais da comunicação social que trabalham em solo europeu estão, muitas vezes, “expostos a graves interferências” na sua atividade, “incluindo violência, medo e auto-censura”.

Ao mesmo tempo que reconhece a importância dos jornalistas para a salvaguarda da democracia, o Conselho da Europa revela um trabalho de auscultação a profissionais do setor no qual 31% foram alvos a atos de violência física ao longo dos últimos três anos. “A interferência mais comum, relatada por 69% dos jornalistas, é a violência psicológica, englobando humilhação, intimidação, ameaças e campanhas de difamação”, refere o Conselho.

Bullying cibernético (53%), tentativas de intimidação por parte de grupos de interesses (50%), ameaças exercidas pela força (46%), intimidação através de grupos políticos (43%), vigilância específica (39%) e intimidação pela polícia (35%) são outras interferências mencionadas.

O estudo, realizado entre abril e julho do ano passado, foi organizado pelo Conselho da Europa e conduzido pelos especialistas Marilyn Clark e Anna Grech (Universidade de Malta) com apoio de cinco instituições internacionais de comunicação social. O questionário foi enviado via online em cinco idiomas para preenchimento de forma anónima.

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