Congresso da FIJ propõe frente contra a concentração dos média

Os trabalhadores dos média devem aliar-se à sociedade civil para fazerem frente à concentração que ameaça os valores do jornalismo, defendeu John Nichols, do jornal norte-americano “The Nation”, no Congresso da Federaão Internacional de Jornalistas (FIJ).

No Congresso, que decorre em Atenas até dia 30, foram também debatidos os ataques ao serviço público e foi feito um apelo para que se regresse às linhas mestras do exercício da profissão de jornalista, com base na qualidade e na independência.

Jean Reveillon, secretário-geral da União Europeia de Radiodifusão (UER), pronunciou-se a favor da defesa do serviço público de radiodifusão, sobretudo nos países onde este tem forte implantação, pois é aí que as ameaças são mais preocupantes e podem lesar um maior número de cidadãos.

Por seu lado, Guillaume Chenevière, director da Media and Society Foundation, foi um dos intervenientes a argumentar em prol da necessidade de apoiar os sindicatos de jornalistas e dar garantias de segurança a estes e às suas fontes nos países em fase de transição democrática.

Lembrando a crise que afectou a BBC aquando do relatório Hutton, Aidan White, secretário-geral da FIJ, assinalou que “na altura muitos jornalistas viram os seus direitos atacados por gigantes dos média, que consideram a informação apenas uma mercadoria rentável e que pode servir os seus interesses particulares” e concluiu que os jornalistas e o público têm direito a um jornalismo rigoroso e exercido sem pressões.

O Sindicato dos Jornalistas está representado no Congresso da FIJ pelos membros da Direcção Anabela Fino e Martins Morim.

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