Conflito no Iraque já matou 36 trabalhadores dos média

Ali Al-Khatib, o correspondente da Al-Arabiya atingido por disparos das tropas dos EUA a 18 de Março, não resistiu aos ferimentos, aumentando assim para 36 o número de pessoal dos média morto no Iraque desde o início da ocupação norte-americana.

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), considerando que “não se compreende como é que as tropas da coligação abrem fogo sobre um veículo claramente identificado”, apelou à realização de uma “investigação aberta e completa às circunstâncias”.

Também a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) considera “suspeito” que as mortes de jornalistas por “fogo amigo” – José Couso, Taras Protsyuk, Tareq Ayyoub, Terry Lloyd e Mazen Dana – só tenham ocorrido com o contingente norte-americano, dado que nada de idêntico envolveu os outros militares no terreno, incluindo os britânicos que controlam o sul do país.

Recordando também esses casos e colocando a segurança como principal prioridade para os média no Iraque, a FIJ decidiu ainda lançar uma petição a pedir “justiça para os jornalistas e profissionais dos média mortos no Iraque”.

Além da condenação de organizações internacionais de liberdade de imprensa, as cinco mortes de trabalhadores da comunicação social a 18 de Março originaram ainda o protesto dos jornalistas iraquianos, que abandonaram uma conferência de imprensa de Colin Powell a 19 de Março e, segundo o “Público”, se manifestaram dois dias depois frente à sede da coligação em Bagdade, exigindo justiça.

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