Conflito na Bolívia atinge os média

Confrontos entre adversários e apoiantes do governo têm causado danos a meios de comunicação social na Bolívia, onde um jornalista foi raptado e outra foi ferida, denunciaram organizações como a Associação Mundial de Rádios Comunitárias (AMARC), o Instituto Prensa y Sociedad (IPYS) e a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP).

Recorde-se que aquele país da América do Sul vive, há várias semanas, uma crise interna, devido a dissenções sobre o futuro da sua Constituição, e que o governo decretou a lei marcial no estado de Pando, por causa da violência na região.

A 9 de Setembro, em Santa Cruz, no leste do país, grupos de jovens alegadamente instigados por líderes políticos regionais destruíram equipamentos e obrigaram à suspensão das emissões das estações públicas Canal 7 e Patria Nueva.

Três dias depois, Juan Domingo Yañique, repórter da Patria Nueva, foi raptado em Cobija, cidade da região de Pando, onde a jornalista Claudia Méndez, da rede privada PAT, foi atingida a tiro durante uma operação militar. Órgãos como a Radio Frontera suspenderam as operações por temerem pela segurança dos funcionários, os quais eram constantemente intimidados por membros de comissões cívicas.

“Silenciar estações de rádio que defendem e promovem o respeito pelas liberdades individuais e colectivas é uma forma de silenciar um país que expressou vontade de construir um projecto democrático”, considera a delegação da AMARC para a América Latina e Caraíbas.

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