Comissão Europeia homenageia Daphne Caruana Galizia

Em declaração conjunta, o vice-presidente Frans Timmermans, mas também as comissárias europeias Vera Jourova e Mariya Gabriel prestam homenagem à jornalista maltesa assassinada há um ano.

No dia em que se assinala um ano sobre o assassínio da jornalista maltesa Daphne Caruana Galizia, a Comissão Europeia prestou-lhe homenagem com base numa declaração conjunta do vice-presidente Frans Timmermans e das comissárias Vera Jourova e Mariya Gabriel.

Eis a declaração dos responsáveis da Comissão Europeia, na qual se reafirma a firmeza pela proteção da liberdade de expressão e dos meios de comunicação social: “Faz hoje um ano que Daphne Caruana Galiza foi assassinada. Homenageamos hoje o trabalho árduo e implacável de Daphne, de Jan Kuciak e de muitos outros jornalistas que sacrificam tudo – por vezes até a própria vida – pela verdade. É também uma oportunidade para nós, a Europa, fazermos uma pausa para refletirmos sobre algo que nos é querido: a nossa liberdade de expressão.

A Comissão mantém-se firme na proteção da liberdade de expressão e dos meios de comunicação livres. A democracia não pode sobreviver se os jornalistas já não puderem comunicar livremente, se estiverem sujeitos à censura, se forem impedidos de criticar os poderes instalados e, em especial, se forem intimidados, assediados, ameaçados ou até mesmo mortos por fazerem o seu trabalho. A democracia assenta e depende do trabalho deles.

Neste espírito, temos também de pensar nos denunciantes, muitas vezes a fonte do jornalismo de investigação e que também necessitam de proteção. Contam connosco para garantir a sua segurança e não os podemos dececionar.
Não queremos que estes assassínios tenham um efeito dissuasor sobre os meios de comunicação livres. Os cidadãos devem poder formar as suas próprias opiniões com base em investigações credíveis e numa comunicação independente.

É por isso que os responsáveis pelos assassínios têm de ser levados à justiça. Queremos a verdade completa. Temos de enviar um sinal claro a todos os jornalistas: é seguro trabalhar na Europa. Se os jornalistas forem silenciados, o mesmo acontece com a democracia. Tal não acontecerá na Europa. Vamos manter-nos vigilantes.”

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