Cinco jornalistas mortos nas Honduras em menos de um mês

Dois jornalistas foram mortos no dia 26 de Março nas Honduras, fazendo subir para cinco o número de profissionais da comunicação assassinados no país desde o início do mês.

Bayardo Mairena e Manuel Juárez viajavam de automóvel após animarem um programa de rádio em Catacamas quando, perto de Juticalpa, na província de Olancho, homens armados dispararam contra a viatura em que seguiam.

Mairena, de 52 anos, teve morte imediata e Juárez, de 55, não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.

As duas mortes sucedem-se à de Nahúm Palacios Arteaga, jornalista da rádio e televisão de 34 anos, que a 15 de Março foi abatido em Tocoa, após ter recebido ameaças por telefone.

Quatro dias antes, a 11, já havia perdido a vida David Meza, correspondente de uma rádio e de uma cadeia de televisão da capital que, aos 51 anos, foi morto a tiro em La Ceiba.

O mês de Março teve início com o homicídio de Joseph Hernandez Ochoa, de 26 anos, em Tegucigalpa, num atentado que feriu também o editorialista Karol Cabrera, que atribuiu o ataque a apoiantes do ex-presidente Zelaya.

Carlos Lauría, coordenador do Comité para a Protecção dos Jornalistas, considera que as autoridades estão a falhar na condução das investigações a estes crimes, “perpetuando o clima de impunidade que deixa os órgãos de informação expostos a novos ataques”.

“Incitamos as autoridades a porem, com urgência, fim a este ciclo vicioso de violência, levando os responsáveis por estas mortes perante a justiça”, realçou, numa posição corroborada pela associação Repórteres Sem Fronteiras, que se manifestou ainda preocupada com ameaças recentes à equipa da Radio Uno, uma estação privada da oposição que funciona em San Pedro Sula.

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