Em apenas quatro dias, cinco jornalistas foram assassinados no Iraque, o que preocupa a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), que apelou a que a segurança dos jornalistas e da sociedade civil seja um prioridade para o novo governo do país.
Desde a invasão norte-americana em Março de 2003, já foram mortos cerca de 75 jornalistas e 55 eram iraquianos. É uma perda imensa. O novo governo tem de dar prioridade à protecção do pessoal dos média, defendeu o secretário-geral da FIJ, Aidan White, revelando o apoio da organização a um comunicado do Sindicato de Jornalistas do Curdistão que vai no mesmo sentido.
O período de quatro dias negros para os jornalistas iraquianos iniciou-se a 14 de Abril, com as mortes de Fadhil Hazem e Ali Ibrahim Issa, da Al-Hurriya, num atentado suicida que provocou ainda ferimentos num repórter e no motorista que conduzia o veículo em que os quatro seguiam.
O sindicato curdo noticiou ainda o assassinato dos dois jornalistas de televisão, um da Kirkuk TV e outro da Kurdistan Satellite TV, além da decapitação em Bagdade do repórter Ahmed al-U’badi, do jornal al-Sabah, alegadamente levada a cabo durante o fim-de-semana pelo grupo al-Jihad e al-Tawhit.