CGTP – colaboração sem filiação

O SJ foi, em 1970, um dos 13 sindicatos fundadores da Intersindical Nacional, que deu origem à CGTP. No entanto, em 1980 desvincular-se-ia desta central, a fim de preservar a unidade da classe perante as dissensões que se reflectiram no movimento sindical com a criação da UGT. A partir de então, mantem relações sem filiação com as duas centrais.

A CGTP/IN – Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses/Intersindical Nacional é a mais antiga central sindical portuguesa. Foi fundada em 11 de Outubro de1970, na primeira Reunião Intersindical, que teve a presença de 13 direcções de sindicatos, entre os quais o Sindicato dos Jornalistas (SJ).

Convocada para debater o Decreto-Lei relativo à contratação colectiva (DL 49 212), horário de trabalho, a censura e a liberdade de reunião, a reunião lançou as bases do movimento que levou à aprovação, em 21 de Março de 1971, do Programa Básico da Intersindical. Tal programa reclamava a liberdade sindical, o direito à negociação livre e o direito à greve.

A partir de 1977, o Sindicato dos Jornalistas adoptou uma política de não empenhamento na vida da central, na sequência de um acordo entre as diversas tendências no seu seio. O objectivo era preservar a unidade do SJ e evitar fracturas por efeito das dissensões no movimento sindical, que haveriam de levar à fundação da União Geral de Trabalhadores (UGT).

Em 25 de Junho de 1980, quase dois anos volvidos sobre a criação da UGT, os sócios do SJ aprovaram, em consulta directa, «a formalização da posição de independência face às centrais sindicais». Como explicara previamente a Direcção (comunicado de 20/Maio/1980), a votação, por voto secreto, não se dirigiria «contra nenhuma das organizações do movimento sindical, com quem queremos, no futuro, manter relações normais de cooperação na base do mútuo respeito (…), nem o resultado da consulta (…) pode ser interpretado como acto de hostilidade à CGTP».

Na sequência dessa posição, o SJ mantém relações cordiais com a CGTP, assim como com a UGT, bem como pontes de cooperação com sindicatos filiados em ambas as centrais ou independentes, designadamente em processos reivindicativos ou de defesa de direitos e interesses comuns dos trabalhadores.

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