CDSJ delibera sobre queixa contra RTP-Madeira

O Conselho Deontológico pronuncia-se a propósito de reclamação apresentada por Miguel Luís da Fonseca, candidato do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Santa Cruz.

O Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas (CDSJ), depois de analisar uma queixa contra a RTP-Madeira, apresentada por Miguel Luís da Fonseca, candidato do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara Municipal de Santa Cruz, delibera que o queixoso “não tem razão ao alegar que houve atitude deliberada por parte da RTP-Madeira de prejudicar a sua candidatura”. Contudo, o CDSJ acrescenta que “a peça informativa sobre o anúncio da candidatura deveria, ao ser editada, ter sido expurgada do momento em que o candidato se engana na caracterização da sua candidatura”.

Conforme pode ler-se no texto em anexo, que inclui a queixa e a respetiva deliberação do CDSJ, foram analisados os argumentos de ambas as partes. O Conselho “visualizou a peça jornalística que a direcção de informação da RTP-Madeira prontamente disponibilizou – salienta-se, aliás, a rapidez dada ao assunto por parte da direcção de informação da RTP-Madeira, e a disponibilização do link de visualização do telejornal de 15 de julho de 2017, bem como a imediata resposta do jornalista editor da peça, Luís Filipe Jardim”.

Assim, “o CDSJ considera que, de facto, a correção do erro de caracterização da sua candidatura pelo candidato Miguel Fonseca está inserida na peça emitida em voz off. Pelo que não tem razão o queixoso ao alegar que houve atitude deliberada por parte da RTP-Madeira de prejudicar a sua candidatura”.

A concluir, o Conselho Deontológico refere: “No entanto, cabe ao CDSJ fazer notar que, embora possa haver na informação política ou outra, trabalhos cujo conteúdo se centre em gaffes dos agentes políticos ou de outras pessoas sujeitos das notícias, o CDSJ considera que a peça informativa sobre o anúncio da candidatura deveria, ao ser editada, ter sido expurgada do momento em que o candidato se engana na caracterização da sua candidatura. Não obstante esse engano pudesse vir a ser usado no contexto de um outro trabalho informativo sobre gaffes e erros.”

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