Por unanimidade, a Comissão da Carteira Profissional de Jornalistas (CCPJ) considerou que o “Diário de Notícias” violou o sigilo profissional e o dever de protecção da confidencialidade das fontes ao publicar, a 18 de Setembro de 2009, um alegado e-mail do jornalista do “Público” Luciano Alvarez, noticiou o “Público”.

Considerando que houve uma “infracção grave” e “dolo intenso”, a CCPJ aplicou uma “sanção de advertência” ao director do DN, João Marcelino, aos então directores-adjuntos Filomena Martins e Rui Hortelão e ao sub-director Nuno Saraiva, ilibando as jornalistas que assinaram a peça em causa por terem agido de forma “secundária, instrumental e subordinada”.

Recorde-se que o caso, que ficou conhecido como o das “escutas de Belém”, consistiu na publicação, nas primeiras páginas do diário da Controlinveste, de um alegado e-mail de Luciano Alvarez que, segundo o DN, revelava que as notícias do “Público” sobre um clima de suspeição no Palácio de Belém em relação à vigilância exercida pelo Governo não passavam de uma farsa montada pelo assessor presidencial Fernando Lima.