Cavaco Silva falha entrega de Prémios Gazeta 2012

O jornalista José António Cerejo, trabalhador do Público, foi distinguido com o Prémio Gazeta de Imprensa pelo conjunto de reportagens de investigação à empresa Tecnoforma, envolvendo Pedro Passos Coelho e Miguel Relvas. A cerimónia de entrega dos Prémios Gazeta 2012, realizada ontem, dia 3, ocorreu sem a presença do Presidente da República, por alegadas dificuldades de agenda de Cavaco Silva.

O júri dos Prémios Gazeta justifica a distinção a José António Cerejo com o facto de o trabalho sobre a Tecnoforma se revelar “um reconfortante exemplo do bom jornalismo de investigação, caracterizado pelo competente cruzamento entre a recolha de depoimentos e uma minuciosa busca documental, pelo cuidadoso cruzamento de fontes, pela escrita simples, clara, rigorosa e escorreita”.

O jornalista Germano Silva, já reformado, foi distinguido com o Prémio Gazeta de Mérito. Na sua longa carreira ao serviço do Jornal de Notícias dedicou a maior parte do seu trabalho a escrever sobre o Porto. O Prémio de Rádio coube a Rita Colaço, da Antena 1, pela reportagem A Rua É um Parlamento, que cruza protestos e uma reflexão sobre a cidadania. O Prémio de Televisão foi atribuído à série de reportagens da SIC Momentos de Mudança, da autoria de Cândida Pinto, João Nuno Assunção e Jorge Pelicano.

O Prémio de Fotografia coube a Bruno Simões Castanheira pelas fotos a preto e branco publicadas no jornal i sob o título Atenas. Onde a crise criou uma catástrofe social. O trabalho em texto, vídeo e fotografia A Estrada da Revolução realizado por Tiago Carrasco, João Fontes e João Henriques em vários países durante a chamada Primavera árabe recebeu o galardão de Multimédia. O Prémio Gazeta de Imprensa Regional foi atribuído ao jornal Folha de Montemor-o-Novo.

O júri decidiu não atribuir o Prémio Gazeta Revelação, alegando “reduzido número e fraca qualidade dos trabalhos concorrentes”.

O Sindicato dos Jornalistas esteve representado na cerimónia pelo membro da sua Direcção Martins Morim.

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