Bolsas de Jornalismo em Saúde já têm vencedores

2ª edição das Bolsas de Jornalismo contou com mais de 30 candidaturas

 

Foram hoje anunciados os cinco jornalistas vencedores das Bolsas de Jornalismo 2020, uma iniciativa do Sindicato dos Jornalistas, com apoio da Roche, que vai na 2ª edição.

Depois da análise de mais de 30 candidaturas, o júri escolheu os cinco projetos vencedores:

  • Alexandre Costa, jornalista freelancer

A experiência em que todos estamos a participar – O impacto da Internet e das múltiplas plataformas online a nível cognitivo e neurológico

  • Margarida David Cardoso, jornalista do Fumaça

‘Eu já não quero um amanhã’ – Análise sobre como é viver com uma doença mental

  • Paulo Barriga, jornalista freelancer

Suicídio no Alentejo em tempos de Covid-19

  • Helena Gatinho, jornalista freelancer

Isolamento Social: O cérebro pode ficar diferente?

  • Vitalino José Santos, jornalista do Jornal digital «sinalAberto»
    A medicina personalizada em hemato-oncologia

 

Cada um dos cinco jornalistas recebe uma bolsa no valor de 2.000 euros, totalizando um apoio de 10 mil euros.

As candidaturas foram avaliadas por um júri composto por: Isabel Nery, do Sindicato dos Jornalistas, Ricardo Encarnação, Diretor Médico da Roche, Graça de Freitas, Diretora-Geral da Saúde, Constantino Sakellarides, Médico e Professor Catedrático e por Sara Sá, jornalista.

O anúncio dos projetos vencedores foi hoje feito numa cerimónia online, que constituiu também um momento para refletir sobre as condições do jornalismo atual em Portugal, bem como o seu papel na pandemia que atravessamos.

André Vasconcelos, Diretor-Geral da Roche, manifestou  a sua profunda admiração pelos jornalistas portugueses, destacando também o seu papel no combate à pandemia. O novo Diretor-Geral assumiu ainda o compromisso da Roche em contribuir para um ecossistema de saúde mais informado, mais esclarecido, mais equitativo e mais justo: “As Bolsas de Jornalismo são um projeto muito importante para a Roche. Para nós é fundamental uma sociedade que valoriza o jornalismo independente, de qualidade. Num mundo onde o fenómeno das chamadas fake news é uma realidade com que nos confrontamos a cada instante, e onde a área da saúde é uma das principais visadas por fenómenos de desinformação, o trabalho dos jornalistas é ainda mais crítico, ainda mais importante.”

Pelo Sindicato dos Jornalistas, a presidente, Sofia Branco, destacou o papel do jornalismo no acompanhamento da crise pandémica, mas manifestou preocupação quanto à “saúde financeira e laboral do jornalismo”, também afetado pela pandemia. Para Sofia Branco, as Bolsas de Jornalismo são “ainda hoje mais oportunas”, agradecendo à Roche, em nome do Sindicato, por “continuar a ser parceira nesta iniciativa e por assumir uma responsabilidade social que é essencial”.

A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, um dos elementos do júri destas Bolsas, considerou um privilégio fazer parte desta iniciativa, que “se mantem viva, mesmo em tempos de pandemia” e explicou que “no meio deste imediatismo e necessidade de todos darmos respostas em tempo real, ao analisar as propostas, quisemos um momento de pausa, olhando para as candidaturas como se estivéssemos num tempo normal em que a investigação e a qualidade ainda têm lugar”.

Luísa Meireles, diretora de informação da Lusa, realçou que “nunca a ciência foi posta tão à prova em tempo real” e lembrou que “a pandemia exacerbou a crise dos media.

Já o orador convidado Miguel Crespo, investigador na área da comunicação e jornalismo, frisou que “as fake news matam” e que a pandemia andou em paralelo com a infodemia, males para os quais não há vacina, mas que podem ser combatidos com literacia para os media.

As Bolsas de Jornalismo visam fomentar a criação de trabalhos jornalísticos de qualidade na área da Saúde.

As contingências ditadas pela pandemia fizeram adiar para o dia de hoje, 9 de março, o anúncio dos vencedores das Bolsas de Jornalismo de 2020, cujas candidaturas decorreram entre outubro e novembro do ano passado.

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