Biblioteca-Museu República e Resistência evoca Fausto Gonçalves (1899-1977)

A Biblioteca-Museu República e Resistência, em Lisboa, inaugura hoje, pelas 17 horas, uma exposição e um ciclo de conferências evocativos de Fausto Gonçalves (1899-1977), jornalista e activista sindical e político.

Nascido em Tomar em 1899, começa a trabalhar, muito jovem, no sector do comércio, conhecendo as duras condições dos trabalhadores – e especialmente a exploração e a violência sobre crianças –, cuja realidade inspira o jornalismo comprometido com as transformações políticas e sociais que vem a empreender.

Fausto Gonçalves, que foi sócio do Sindicato dos Jornalistas, escreveu em “A Batalha”, órgão da Confederação Geral do Trabalho, dirigiu, a partir de 1920, o jornal “Era Nova”, órgão da Federação dos Empregados do Comércio, e colaborou ou foi redactor de “A Bandeira Vermelha”, órgão da Federação Maximalista, “Diário do Alentejo”, “O Rebate”, “O Tempo”, “Diário Liberal”, “Diário da Noite”, “O Diabo” (1.ª série), “Notícias de Coimbra”, “Gazeta de Coimbra”, “Turismo”, “Mundo Gráfico”, “Alvorada” e “Revista Alentejana”. Fundou e dirigiu “O Relâmpago” e o “Almanaque Alentejano”.

Politicamente comprometido (integra o grupo de fundadores da Federação Maximalista Portuguesa, 1919, antecessora do Partido Comunista Português), dedicou a sua actividade jornalística, naquelas publicações, essencialmente às causas e às lutas dos trabalhadores, mas também às questões políticas.

“O Jornalismo de Intervenção Política” é o título da primeira conferência do ciclo. Marcada para as 18 horas de hoje, na Biblioteca-Museu República e Resistência, está a cargo da jornalista Anabela Fino, da Direcção do SJ. O ciclo prossegue no dia 26 com o tema “Jornalismo e Luta Sindical”, encerrando no dia 29 com uma conferência sobre “O Sentido da Vida Partidária”. A exposição estará patente até ao dia 15 de Maio.

A Comissão de Honra da Homenagem é integrada, entre outras individualidades, por Alfredo Maia, Vasco Lourenço, na qualidade de Presidente da Associação 25 de Abril, Deolinda Machado, como membro da C.E. da CGTP, Eng. Vasco Pinto Leite, Director-Geral da Cultura e Espectáculos desde o 25 de Abril até Novembro de 1975 e Bruno Dias, como Deputado do PCP.

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