BBC anuncia quase três mil despedimentos

A administração da British Broadcasting Corporation (BBC) anunciou, a 7 de Dezembro, a intenção de acabar com 2900 postos de trabalho, ao que o Sindicato Nacional de Jornalistas britânico (NUJ) reagiu com ameaças de greve apoiadas pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ).

A organização está preocupada, entre outros aspectos, com o impacte internacional destas alterações na BBC, pois muitas outras cadeias podem aproveitar a deixa da emissora britânica para cortar nos seus próprios serviços públicos.

“A BBC tem uma reputação interna e externa de programação de qualidade e valores de serviço público. Estes cortes vão afectar a moral e podem minar os valores de serviço público no Reino Unido e não só”, alerta Aidan White, secretário-geral da FIJ.

O dirigente sindical contesta ainda a estratégia do director-geral da BBC, Mark Thompson, quanto ao futuro da estação, que em 2007 terá de renovar a sua Carta e o seu mecanismo de financiamento.

“Tudo indica que a BBC está a responder a pressões de interesses políticos hostis e predadores do sector privado que se opõem fervorosamente ao serviço público de radiodifusão”, afirma Aidan White, para quem “sacrificar postos de trabalho, vender bens e privatizar partes da BBC não a vão proteger do ataque dos seus inimigos; a batalha principal tem a ver com o futuro do serviço público”.

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