Balanço da WAN sobre jornalistas mortos em 2004

Setenta e um jornalistas foram mortos no decorrer de 2004, afirma o balanço anual da Associação Mundial de Jornais (WAN), destacando que um terço dessas mortes – 23 – ocorreu no Iraque.

O segundo local mais perigoso foram as Filipinas, com 11 jornalistas mortos, seguidas do Bangladesh e México, com quatro, da Índia, Rússia e Sri Lanka, com três, do Brasil, Nepal, Nicarágua e Peru, com dois, e da Arábia Saudita, Bielorrússia, Colômbia, Costa do Marfim, Gâmbia, Haiti, Israel, Paquistão, Paraguai, República Dominicana, Sérvia e Montenegro e Venezuela, todos com um caso.

“Embora a guerra e o terrorismo sejam responsáveis por várias mortes, muitos repórteres que investigam crime organizado, narcotráfico, corrupção e outros crimes também foram vítimas de assassinos”, afirmou Timothy Balding, director-geral da organização.

Timothy Balding frisou ainda que mais de dois terços dos assassinos de jornalistas “na última década não foram levados perante a justiça, quanto mais condenados”, razão pela qual a WAN irá concentrar as suas actividades do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a 3 de Maio, na questão da impunidade.

Apesar dos valores divergirem, devido aos diferentes critérios de contabilização de jornalistas e trabalhadores dos média mortos, todos os balanços anuais de diferentes organizações consideraram 2004 o pior ano para os jornalistas desde 1994.

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