Autoridades do Tajiquistão ignoram ordem de libertação de jornalista

A Procuradoria-Geral do Tajiquistão tem vindo a impedir a libertação do jornalista Djumaboï Tolibov, apesar de duas ordens nesse sentido do Supremo Tribunal, a 11 de Outubro e a 28 de Novembro, noticiou o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ).

Relativamente à ordem de 11 de Outubro, o gabinete do procurador-geral aproveitou uma disposição legal que lhe permite recorrer da implementação de uma decisão do Supremo Tribunal, tendo esse recurso sido rejeitado e nova ordem de libertação do jornalista sido dada a 28 de Novembro.

Contudo, Djumaboï Tolibov continua preso, pois os funcionários da prisão de Istarafshan alegam que só libertam o jornalista depois de receberem pelo correio a ordem judicial, de nada tendo servido a cópia da decisão que o advogado do jornalista entregou pessoalmente a 7 de Dezembro.

“Fazer a vontade do Supremo Tribunal depender do notoriamente pouco fiável sistema postal tajique seria risível, se não fosse estar em jogo a liberdade de um jornalista inocente”, afirma Ann Cooper, directora-executiva do CPJ.

Djumaboï Tolibov foi preso a 24 de Abril de 2005, em Dushanbe, por ordem do procurador distrital Sabit Azamov, depois de ter criticado a procuradoria em artigos publicados no jornal “Minbar i Halq”, ligado ao partido do governo, e no jornal parlamentar “Sadoi Mardum”.

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