A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (CGTP-IN) emitiu hoje, 4 de Fevereiro, um comunidado de solidariedade para com os 123 jornalistas e outros trabalhadores que lutam pelos seus postos de trabalho no “Jornal de Notícias”, “Diário de Notícias”, “24 Horas” e “O Jogo”, do grupo Controlinveste.

No documento, a CGTP acompanha as preocupações do Sindicato dos Jornalistas (SJ) quanto às consequências dos despedimentos colectivos, como a eliminação de postos de trabalho e graves riscos para o pluralismo informativo.

Tais preocupações também estão expressas nos manifestos em defesa do JN e do DN, que estão a recolher crescentes apoios através da sua subscrição online e em suporte de papel e já contam mais de 4500 assinaturas.

Recorde-se que os manifestos podem ser subscritos online através dos seguintes endereços:

– JN: http://www.petitiononline.com/pelojn/petition.html

– DN: http://www.petitiononline.com/defesadn/petition.html.

É o seguinte o teor do comunicado da Comissão Executiva da CGTP:

CGTP-IN SOLIDÁRIA COM TRABALHADORES DO GRUPO CONTROLINVESTE

A CGTP-IN solidariza-se com a luta promovida pelos Sindicatos dos Jornalistas e dos Gráficos em defesa dos trabalhadores do Grupo Controlinveste, fortemente atingidos pela ameaça de despedimento colectivo que abrangerá 123 trabalhadores, entre jornalistas, gráficos e outros profissionais, dos diversos órgãos de comunicação social do referido grupo.

Trata-se de mais uma investida a coberto da “crise” que mais não visa que a manutenção de níveis escandalosos de lucro, à custa dos trabalhadores, mais uma vez, e da negação evidente do que deve ser o papel da imprensa no Portugal democrático, de que constitui exemplo a partilha transversal de conteúdos, com consequências na natureza do vínculo de trabalhadores, no pluralismo informativo e na identidade dos respectivos títulos.

Ao mesmo tempo que manifesta a sua solidariedade aos trabalhadores visados pelo despedimento, bem como aos demais na sua permanente luta de manter os postos de trabalho e uma actividade em defesa de códigos de ética, a CGTP-IN condena mais um aproveitamento fraudulento da situação financeira que se vive em Portugal.