Atentados contra jornalistas marcam final de ano

Na Somália, na Turquia, no Cazaquistão e no Paquistão, os últimos dias de 2009 estão a ser marcados por atentados fatais contra jornalistas, indiciando que este será um dos anos mais sangrentos de sempre para a classe em todo o mundo.

Na Somália, morteiros destruíram o edifício da Radio Voice of Democracy em Mogadíscio na manhã de 21 de Dezembro, matando Amal Abukar, mulher do director da estação, e ferindo este último e um produtor, que se encontram hospitalizados com ferimentos na perna direita e num rim, respectivamente.

Na Turquia, o chefe-de-redacção do jornal “Güney Marmara’da Yaþam”, Cihan Hayýrsevener, sucumbiu a ferimentos que lhe foram causados numa emboscada da passada sexta-feira quando saia do escritório. O jornalista já recebera ameaças de morte e estava a investigar um escândalo de corrupção que envolve os três proprietários do “Ýlkhaber”, o outro diário de Bandirma.

No Cazaquistão, o jornalista quirguiz Gennady Pavlyuk foi atirado da janela de um sexto andar, atado de pés e mãos, a 16 de Dezembro, em Almaty, tendo falecido após seis dias em coma no hospital. De etnia russa, Pavluyk era conhecido pelas suas críticas ao governo do Quirguistão e assinava sob o pseudónimo Ibragim Rustambek.

No Paquistão, um atentado suicida contra o Clube de Imprensa de Peshawar causou quatro mortos – um polícia, um transeunte, um funcionário do clube e o suicida – e feriu 17 pessoas, entre as quais um operador de câmara. O secretário-geral do Sindicato de Jornalistas de Khyber disse que seriam observados três dias de luto “para condenar o ataque e esclarecer que actos cobardes não vão impedir os jornalistas de dizer a verdade”.

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