Atentado na Somália mata um jornalista e fere outros cinco

Explosão de camiões armadilhados em Mogadíscio, no último sábado, já causou mais de três centenas de mortos, mas as forças de assistência médica admitem que o número vá aumentar.

A explosão de camiões armadilhados perto de um hotel e do mercado em Mogadíscio, capital da Somália, no passado sábado, já causou mais de três centenas de mortos, entre eles um jornalista. E, nas centenas de feridos devido ao atentado, há outros cinco profissionais de comunicação.

O freelancer Ali Nur Siad-Ahmed, de 31 anos, é o jornalista que foi vítima mortal na explosão. Os feridos são Abdulkadir Mohamed Abdulle (Voice of America), Mohamed Omar Bakay (Goobjoog Radio) e Abdullahi Osman (Mandeeq Radio), além dos freelancers Abdiqani Ali Adan e Ahnmed Abdi Hadi. Todos estavam em serviço quando o atentado se registou.

Segundo a Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), que condenou o atentado ainda não reivindicado mas atribuído ao grupo extremista Al-Shebab, ligado à Al-Qaeda, a violência da explosão obrigou à suspensão das emissões das rádios Goobjoog e Ciyaaraha FM, cujas instalações são ambas próximas do local e foram parcialmente atingidas.

A FIJ relembra que, nos últimos 10 anos, 62 jornalistas foram mortos na Somália, país que é um dos mais perigosos para a atividade jornalística e será um dos alvos da campanha contra a impunidade, a ser lançada pela organização no próximo dia 2 de novembro.

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