O Sindicato dos Jornalistas condena o bombardeamento da estação de televisão pública iraniana por Israel, nesta segunda-feira. O ataque às instalações da Seda va Sima volta a exemplificar o sistémico desrespeito pelo jornalismo demonstrado pelo estado israelita, que atacou propositadamente, por admissão própria, um edifício onde trabalham pelo menos duas centenas de profissionais da informação.
Foi visível na transmissão da estação pública iraniana a projeção de escombros, após o som de uma explosão, forçando a pivô a fugir em direto. Saudamos a resistência dos profissionais empregues pela emissora, que já retomarem a emissão desde Teerão. Não parece existir ainda uma contabilização precisa de vítimas.
As forças israelitas levam a cabo há ano e meio a guerra mais letal para profissionais da informação desde que o Comité para a Proteção dos Jornalistas tem dados. Entre dezenas de milhares de civis palestinianos mortos em Gaza desde outubro de 2023, estão 185 jornalistas. Continuando impedida a entrada de jornalistas estrangeiros em Gaza, uma restrição inaceitável à liberdade de informar, que o SJ volta a condenar, estas vítimas são essencialmente jornalistas locais.
Renovamos o apelo remetido por dezenas de associações sindicais de jornalistas à Comissão Europeia no ano passado: é necessário suspender o acordo de associação entre a União Europeia e Israel.