A Direção do Sindicato dos Jornalistas (SJ) repudia e condena o ataque informático à Notícias Ilimitadas e ao Global Media Group (GMG). Uma agressão a dois importantes grupos de média, detentores dos três mais antigos títulos da Imprensa em Portugal, que tem de ser vista como uma agressão a todos os Órgãos de Comunicação Social, como um ataque a todos os jornalistas e uma agressão à Democracia.
O ataque afetou órgãos do grupo Notícias Ilimitadas, como o “Jornal de Notícias”, a TSF, e “O Jogo”, além dos sites das revistas “Evasões”, “Notícias Magazine” e “Volta ao Mundo”, bem como dos títulos “Delas” e N-TV. O ataque afetou ainda o Global Media Group, proprietário do “Diário de Notícias” e do “Açoriano Oriental”, os dois mais antigos títulos nacionais. “As falhas afetam os títulos de ambos os grupos, dado que ainda existem muitas interconexões nas respetivas redes”, explicou o JN.
O SJ entende que a agressão não pode ser dissociada de um clima hostil de certos setores da sociedade, que encaram o jornalismo e os jornalistas como um inimigo, porque não querem ser escrutinados e preferem as notícias falsas à verdade e aos factos.
O Sindicato está solidário com todos os jornalistas afetados por este ataque. Perante a agressão, sabemos que as redações se mobilizaram para fazer chegar as notícias aos leitores e aos ouvintes, com grande esforço físico e pessoal, conscientes de que o nosso dever de informar é o direito dos demais portugueses a serem informados, como está consagrado na Constituição da República Portuguesa.
O SJ exorta as autoridades policiais a empenhar todos os esforços possíveis na identificação e detenção do autor ou autores deste ataque, que afeta não só estes órgãos de Comunicação Social, como a nossa Democracia, pois sem jornalismo livre e pleno não há uma sociedade justa e uma democracia saudável.
O Sindicato reitera a necessidade de se proteger o Jornalismo e a Liberdade de Imprensa dando condições aos OCS para investirem em ciber-segurança, lembrando o ataque de há três anos, ao grupo Impresa, que impediu o acesso às plataformas online do Expresso, SIC e SIC Notícias. E urge as administrações a alocar recursos na proteção das redes de comunicação, pois um jornalismo livre precisa de OCS robustos e seguros.