A situação dos trabalhadores da Trust In News vai ser debatida na Assembleia da República. A empresa dona da Visão, Exame ou Jornal de Letras, foi considerada insolvente, deixando em risco cerca de 150 pessoas e 17 publicações.

“No âmbito da aprovação, na Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, do requerimento do Grupo Parlamentar do Partido Socialista (PS) e do Grupo Parlamentar do Livre (L) sobre a situação em que se encontra o Grupo Trust in News”, a presidente da chamada 12.º comissão, a deputada Edite Estrela, solicitou a presença do Sindicato dos Jornalistas para uma reunião a realizar no próximo dia 18 de dezembro, pelas 11 horas, na Assembleia da República.

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) escreveu a todos os grupos partidários com assento parlamentar, na semana passada, a alertar para a difícil situação da TiN e exortando a Casa da Democracia a acompanhar o caso. A insolvência, confirmada na quarta-feira, deixa em risco a preservação dos 17 títulos do grupo e a sobrevivência de cerca de 140 famílias.

No dia em que foi decretada a insolvência, os trabalhadores manifestaram-se, no Largo Camões, em Lisboa, para defender a preservação dos títulos e dos postos de trabalho. Dezenas de jornalistas mostraram-se solidários, no local ou à distância, com uma paragem simbólica nas redações, em defesa do jornalismo, da liberdade e da democracia.

Por ser uma área de atividade específica, que lida com um bem essencial como o jornalismo, que os próprios políticos consideram como um pilar da Democracia, entendemos que os partidos têm o dever de contribuir para uma solução desta crise. Nesse sentido, o SJ colocou também a questão ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que respondeu afirmativamente e de forma célere, convocando o Sindicato para uma audiência, no dia 14, em Belém, para discutir a situação da TiN.

O SJ está disponível para ajudar a encontrar uma solução que viabilize os títulos da TiN, assegure o pagamento dos salários em atraso e a manutenção dos postos de trabalho. Além de envolver os políticos e governantes na procura de uma solução, o SJ, está totalmente disponível para ajudar os trabalhadores no que entenderem e acredita que, neste momento de aperto, compete a todos os cidadãos mostrar solidariedade com as pessoas que trabalham naquele grupo.