Assassinos de jornalistas nas Filipinas com cabeça a prémio

A Polícia Nacional das Filipinas oferece recompensas de 50 mil a 100 mil pesos (mil a dois mil dólares) pela captura dos assassinos de jornalistas e militantes de esquerda.

O anúncio, feito a 3 de Agosto, ocorre um dia depois de a presidente do país, Gloria Macapagal Arroyo, dar 10 semanas de prazo aos diferentes corpos de segurança para que ponham fim à onda de assassinatos.

“O nosso objectivo é obter a cooperação e o apoio de todos os sectores envolvidos para complementar as operações policiais”, afirmou aos jornalistas em Manila o director-geral da Polícia, Oscar Calderón, que estendeu o convite de cooperação à Frente Democrática Nacional das Filipinas, plataforma que integra o ilegalizado Partido Comunista das Filipinas (PCF), o seu braço armado, o Novo Exército do Povo (NEP), e outras organizações de esquerda.

Este ano foram assassinados nove profissionais da imprensa nas Filipinas, e 46 desde que Arroyo assumiu a chefia do Estado, em Janeiro de 2001.

No mesmo período, 717 pessoas foram vítimas de assassinatos políticos, segundo dados da associação filipina de defesa dos direitos humanos Karapatan.

Além disso, 66 pessoas, na sua maioria militantes de esquerda, desapareceram nos últimos sete meses. De acordo com o grupo “Desaparecidos”, no total são 179 os desaparecidos durante o governo de Gloria Arroyo.

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