Assassinado repórter da Al-Jazeera em Karbala

Hamid Rashid Wali, operador de câmara da estação por satélite Al-Jazeera, foi morto com um tiro na cabeça na sexta-feira, dia 21, na cidade iraquiana de Karbala, durante um combate entre as tropas norte-americanas e uma milícia xiita de Moqtada al-Sadr.

O repórter torna-se, assim, na mais recente vítima de uma onda de assassinatos de profissionais dos média, que tem afectado sobretudo jornalistas do mundo árabe.

Noutro incidente que teve lugar no dia 21, Fran Sevilla, correspondente da rádio espanhola RNE, foi detido em Najaf por um grupo próximo do líder radical Moqtada al-Sadr, sendo libertado horas depois.

Também libertado foi o repórter de imagem da estação televisiva Al-Arabiya Hussein Karim, que havia sido detido na véspera por soldados dos Estados Unidos, quando se deslocou a um bairro em Bagdade para confirmar rumores de uma explosão.

Face a estas ocorrências recentes, a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e o Comité para a Protecção de Jornalistas (CPJ) mostraram-se já seriamente preocupados, criticando os ataques aos jornalistas, o crescente clima de intimidação sobre os média e o não cumprimento da Convenção de Genebra, acerca da protecção aos repórteres em zonas de conflito.

O Congresso da FIJ, que decorre em Atenas esta semana, inclui mesmo um debate intitulado “Média e Guerra: Uma Batalha pela Segurança e Qualidade”, que vai focar a situação que se vive no Iraque e a relação entre os jornalistas e as autoridades militares.

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