Apresentador de rádio assassinado no México

O corpo do jornalista mexicano Fabián Ramírez, 42 anos, apresentador da rádio La Magia, foi encontrado sem vida em Mazatlán, no estado de Sinaloa, no Noroeste do país, a 11 de Outubro, dois dias depois de ter desaparecido.

Este homicídio violento foi prontamente condenado pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), que lamentou que os jornalistas sejam apanhados no meio da guerra entre os cartéis de droga e o governo mexicano, que se revela incapaz de proteger os trabalhadores dos média, não obstante existir uma figura como a do procurador federal para investigar crimes contra a imprensa.

“O México tem sido um dos países mais perigosos para jornalistas em 2009. O número de repórteres assassinados no país está entre os mais elevados do mundo e ainda não se tomaram acções sérias para encontrar os culpados”, afirmou o secretário-geral da FIJ, Aidan White.

Também a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) se pronunciou sobre o tema, dizendo que o facto de o estado de Sinaloa ser vizinho do de Chihuahua, um dos mais perigosos do país devido à acção dos narcotraficantes, faz com que seja “altamente provável o envolvimento de elementos do crime organizado neste assassinato”.

Por seu turno, o director do Instituto Internacional de Imprensa (IPI), David Dadge, instou as autoridades mexicanas “a fazer mais para encontrar os culpados, caso desejem evitar comparações que prejudiquem a imagem geral do México”, que ao invés de ser colocado a par de nações democráticas corre o risco de, devido ao índice de jornalistas assassinados, ser posto ao lado de países como a Somália.

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