Três homens encapuzados sequestraram e agrediram, a 17 de Outubro, em Montevideu, capital do Uruguai, o apresentador de rádio e televisão Marcelo Borrat.

Os atacantes roubaram os documentos, telemóvel e relógio do jornalista, ameaçaram matá-lo caso ele não denunciasse o caso como tendo sido um roubo e disseram-lhe ainda que devia destruir as “gravações” que tinha feito.

Apesar de ser evidente que este ataque está relacionado com o seu trabalho, Marcelo Borrat não sabe ao certo de que gravações falavam os seus raptores, dado que está a investigar uma série de fraudes na área da saúde e dos seguros privados de saúde, e abordou há algum tempo outros temas sensíveis como contrabando ou censura dos média.

Após ter conhecimento do incidente, o ministro do Interior, José Díaz, atribuiu guarda-costas ao profissional da TV Libre e da AM Libre 1410, até porque Marcelo Borrat já havia sido alvo de ameaças de morte a 24 de Maio, depois de investigar o envolvimento de grupos de crime organizado no sistema público de saúde uruguaio.

Nessa ocasião, a investigação policial ao caso levou à captura de quem tinha proferido as ameaças contra Borrat e contra Gustavo Martínez, um outro jornalista.