O controlo crescente pelos talibãs de vilas e cidades em todo o território do Afeganistão está a aumentar a violência e as ameaças contra jornalistas e meios de comunicação independentes.

A gravidade da situação leva a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) a fazer um apelo internacional de solidariedade para com os jornalistas do país. Há relatos de meios de comunicação que foram forçados a fechar ou cujo controlo foi tomado pelos talibãs, de forma a divulgar propaganda e as mulheres jornalistas estão a ser proibidas de trabalhar. Ontem, um total de 11 órgãos de comunicação social foram encerrados após os talibãs tomarem o controlo da província de Baghlan. O diretor do centro de média e informação do Afeganistão foi assassinado em Cabul.

Noutras zonas, por receio e falta de segurança, há muitos meios de comunicação a reduzir as suas atividades e mais de mil jornalistas e trabalhadores dos média já perderam os seus empregos.

A FIJ está a trabalhar, em articulação com as organizações de jornalistas afegãos, para fornecer suporte de emergência e ajudar os jornalistas a adotarem medidas de proteção, procurarem segurança e, quando necessário, deixarem o país. Há vários afiliados da FIJ que, nos seus países, estão a pressionar os Governos para que forneçam vistos de emergência para permitir que os profissionais de comunicação mais ameaçados possam deixar aquele país. Foi, além disso, criado um fundo especial, dentro do Fundo de Segurança da FIJ para canalizar mais apoio.

O Sindicato dos Jornalistas divulga toda esta informação, em solidariedade para com os jornalistas afegãos e apela à contribuição com vista a garantir-lhes todo o apoio necessário.

Saiba mais aqui: https://www.ifj.org/safety-fund.html