Apelo a Fidel Castro para a libertação de jornalistas

Mais de 100 repórteres, escritores e editores latino-americanos juntaram-se ao Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) no apelo a Fidel Castro para que liberte imediatamente os 23 jornalistas presos em Cuba.

O grupo considera que as detenções, já com mais de dois anos, violam “as normas mais elementares da legislação internacional” e constituem “uma afronta à dignidade humana”.

O apelo, realizado sob a forma de uma missiva enviada ao presidente cubano, é assinado por 108 escritores de 18 países da América Latina e tem lugar quando passam dois anos (18 de Março de 2003) de uma acção das autoridades cubanas, que encarceraram 29 jornalistas independentes por alegada actividade contra os interesses do Estado.

Duas semanas depois os jornalistas foram julgados à porta fechada e condenados a penas de prisão entre os 14 e os 27 anos. Em 2004, seis foram libertados devido a problemas de saúde.

Segundo o CPJ, Cuba é o segundo país do mundo com mais jornalistas detidos, logo a seguir à China. Os repórteres encarcerados, que só recebem visitas de três em três meses, têm-se queixado das condições insalubres da prisão, bem como da comida estragada e dos parcos cuidados médicos.

Entre os signatários da carta – que defende o direito e a necessidade das sociedades a um jornalismo livre – contam-se o romancista mexicano Carlos Fuentes, o autor argentino Tomás Eloy Martínez, o jornalista brasileiro Geraldinho Vieira e o editor venezuelano Teodoro Petkoff.

Também constam da lista de assinantes José Ignacio López, Jorge Elías e Mónica Gutiérrez (Argentina), Raúl Peñaranda Undurraga (Bolívia), Lúcio Flávio Pinto (Brasil), Mónica González, Claudia Lagos e Patricia Verdugo (Chile), Mauricio Herrera (Costa Rica), José Rubén Zamora (Guatemala), Antonio Caballero, Ignacio Gómez, Marta Ruiz, Javier Darío Restrepo e María Isabel Cerón (Colômbia), Laura Esquivel e Jesús Blancornelas (México), Carlos F. Chamorro e Sergio Ramírez (Nicarágua) e Benjamín Fernández Bogado (Paraguai).

Da lista fazem ainda parte representantes de El Salvador, República Dominicana, Equador, Haiti, Uruguai, Honduras, Peru e Panamá.

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