O Departamento de Estado norte-americano colocou, a 17 de Dezembro, a estação televisiva libanesa Al Manar na sua Lista de Exclusão Terrorista, acusando-a de “incitar à actividade terrorista”.
Como consequência, a Al Manar foi retirada nesse mesmo dia do Intelsat, o serviço de satélite que serve os EUA, tendo Washington afirmado ainda que qualquer pessoa com ligações à Al Manar seria impedida de entrar nos EUA ou ficaria sujeita a expulsão, caso já se encontre em território norte-americano.
Contestando a decisão norte-americana, a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) diz que “é preciso ter cuidado para não confundir a luta contra o anti-semitismo com a luta contra o terrorismo”.
“Algumas das declarações anti-semitas transmitidas pela Al Manar são indesculpáveis, mas colocar esta estação de televisão na mesma categoria que grupos terroristas é preocupante e não nos parece a melhor solução”, explicou a RSF.
A organização frisou igualmente o perigo dos jornalistas e funcionários da delegação da Al Manar em Washington virem a ser expulsos dos Estados Unidos ou de serem considerados alvos militares em caso de guerra.
Recorde-se que, antes dos Estados Unidos, já a França tinha proibido as emissões da Al Manar, a 13 de Dezembro, em virtude das mensagens anti-semitas transmitidas pela estação ligada ao Hezbollah.
