Al-Jazira encerrada sine die no Iraque

Forças de segurança iraquianas entraram nos escritórios da Al-Jazira em Bagdade, durante o fim-de-semana passado, e encerraram a estação por período indefinido, decisão já condenada pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ).

“O Iraque não pode afastar o legado da guerra, da intolerância e de uma era de tirania proibindo vozes independentes, só porque os governantes discordam do que estas dizem”, afirmou o secretário-geral da organização mundial de jornalistas, Aidan White.

Além das críticas ao governo interino iraquiano, o dirigente sindical disse-se preocupado com as limitações “bizarras e confusas” que foram impostas no Canadá às empresas de televisão por cabo que difundem o canal por satélite do Qatar.

Aparentemente, os reguladores canadianos permitem as emissões da Al-Jazira e até a declaram órgão de informação reputado, mas dizem que a programação tem de ser monitorizada e que as cassetes devem ser analisadas antes de virem a público, uma exigência que, para Aidan White, certamente demoverá as empresas de televisão por cabo de transmitirem o canal.

Para o secretário-geral da FIJ, “a Al-Jazira e outros canais por satélite estão a abrir caminho com um jornalismo desafiador, que põe os governos em sentido” e poderá ajudar a desenvolver a liberdade de expressão no mundo árabe.

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