“Carvão de Aço” é o título e a cerimónia vai realizar-se hoje nas minas do Pejão.

Hoje, a partir das 15h30, o jornalista Adriano Miranda vai apresentar, em Castelo de Paiva, a convite da autarquia, o livro “Carvão de Aço”, inaugurando ainda a exposição com o mesmo nome. A cerimónia terá lugar no poço nº 1 de Germunde, nas minas do Pejão.

Em declarações à Agência Lusa, no princípio de abril, na altura do lançamento do livro, Adriano Miranda referiu: ““Não é um livro normal. O livro vai ser todo preto, desde a capa à contracapa. É como se fosse uma peça de carvão. Não há miolo, nem margens brancas. O branco que existe é apenas das fotografias. Tudo preto para se sentir a intensidade da mina.”

Conforme indicou a Lusa, em causa estão 140 fotos a preto e branco, obtidas pelo fotojornalista a mais de 400 metros “de profundidade” e só “com as luzes das lanternas nos trabalhadores”, no “percurso de um turno de trabalho dos mineiros, das 8h00 às 15h00, que termina na hora do banho”. As imagens têm mais de 25 anos, fase em que ainda se usavam “negativos e câmara escura”.

Profissional há mais de duas décadas, o fotojornalista do diário “Público”, vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas e professor conta com uma vasta obra na área da fotografia, incluindo, por exemplo, o projeto Troika. Neste caso das minas do Pejão, o trabalho decorreu ao longo de três anos em simultâneo com os estudos de Adriano Miranda no Centro de Arte e Comunicação Visual (Ar.Co) em Lisboa.