O Conselho de Administração da RTVE rejeitou a criação do Conselho de Informativos da televisão pública por o considerar “um falso sistema de representação” que pretende “limitar a liberdade dos profissionais” da estação.
A deliberação da administração da televisão pública espanhola – que teve os votos a favor dos conselheiros do PP, da CiU e do director da RTVE, e os votos contra dos quatro conselheiros do PSOE – reitera que a presença ponderada das diferentes forças políticas e sociais deve ser velada pelos próprios profissionais “sob a vigilância e controlo do Conselho de Administração da RTVE”.
Recorde-se que o Conselho de Informativos, formado por cinco redactores, um operador de câmara e uma técnica de montagem, foi aprovado por 506 jornalistas da TVE como forma de contrariar a manipulação da estação por parte do governo, e necessitava de um parecer positivo da administração para funcionar.
Na sequência desta posição dos trabalhadores, Javier Arenas, vice-presidente do governo de José Maria Aznar, sugeriu a criação de “um monumento nacional à imparcialidade e profissionalismo” da TVE e do seu director de informação, Alfredo Urdaci, como forma de contestar as acusações de manipulação dos meios de comunicação públicos.