Adesão quase total a greve na RTVM

Os sindicatos espanhóis CCOO, UGT e CGT apontam para uma adesão de 90 por cento à primeira greve de 24 horas convocada para as emissoras Telemadrid (TV) e Onda Madrid (rádio), ambas da RTVM, levada a cabo entre as 12h51 de 24 de Junho e a hora de almoço de 25 de Junho, em protesto pela falta de acordo na negociação do décimo convénio colectivo.

Com esta paralisação – que se deverá repetir a 1 de Julho –, os trabalhadores pretendem levar a direcção a aceitar uma percentagem mínima de produção própria de programas e desporto, comprometer-se a manter os postos de trabalho e garantir que os ajustes salariais não vão implicar uma perda de poder de compra real.

A proposta de maior produção própria visa baixar as despesas das emissoras, uma vez que os programas produzidos internamente são, regra geral, os mais vistos e os que saem mais barato à empresa, cujos problemas económicos surgiram em parte porque, “nos últimos quatro anos o número de dirigentes mais do que duplicou, passando de 23 para 48”, acusou José Cepeda, porta-voz socialista na Comissão de Controlo da RTVM na Assembleia de Madrid.

Além destas questões, as Comisiones Obreras (CCOO) chamaram a atenção para “a progressiva deterioração da veracidade informativa nestas emissoras públicas e para a gestão nefasta praticada pela direcção, que não parece estar preocupada com assuntos graves como o deixar os cidadãos de Madrid privados de emissão durante um dia”, frisando que esta foi “a primeira vez que uma TV e uma rádio emudeceram durante 24 horas em Espanha”.

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