Os jornalistas italianos regressaram ao trabalho a 26 de Dezembro, depois de uma elevada adesão a uma greve de 72 horas, que deixou o país praticamente sem jornais durante cinco dias por ter sido “colada” a uma pausa natalícia de dois dias.
“Foi a acção sindical mais dura que realizámos”, declarou o secretário-geral da Federação Nacional da Imprensa Italiana (FNSI), Paolo Serventi Longhi, frisando que em algumas empresas a adesão rondou os 90 por cento e que foi a intransigência dos donos dos jornais no que toca à negociação do contrato colectivo de trabalho, expirado desde Fevereiro de 2005, que obrigou os jornalistas a tomar estas medidas.
Este impasse negocial entre patrões e jornalistas tem vindo a preocupar o governo italiano, que já fez várias tentativas de conciliação através do ministro do Trabalho Cesare Damiano. A situação mereceu ainda comentários do presidente da Câmara de Deputados, Fausto Bertinotti, para quem o problema da não renovação do contrato colectivo “é uma questão de democracia”.
Nos primeiros dias de Janeiro, os jornalistas italianos voltam a reunir-se para decidir novas acções de mobilização e de luta.