Adesão de 90% à “jornada do silêncio” em Itália

A jornada de silêncio agendada para 10 de Julho em Itália, como protesto dos jornalistas italianos contra a “lei da mordaça” que o governo de Silvio Berlusconi pretende fazer aprovar, contou com uma adesão de 90%, de acordo com dados da Federação Nacional da Impresa Italiana (FNSI).

No sábado foram pouquíssimos os jornais que saíram à rua e aqueles que foram publicados criticaram o conteúdo da lei Alfano, que visa demover, através da ameaça judicial, a publicação de escutas telefónicas por parte dos jornalistas.

Segundo a FNSI, esta jornada de luta “foi a mais participada dos últimos 15 anos” e originou o silêncio quase total da imprensa, da rádio, da televisão e, pela primeira vez, dos órgãos de comunicação italianos na Internet.

Considerando que este foi “o testemunho de um rigoroso protesto civil e moral”, o sindicato italiano considera que, “agora o governo e o parlamento italianos não podem escapar-se sem expor o país a mais más figuras”, depois de se terem escutado os motivos do protesto e de o mesmo ter recebido tanta atenção internacional”.

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